Há uns dez anos, fui convidado para o casamento de
uma colega. Não éramos próximos, mas trabalhávamos juntos, então fui chamado.
Eu e Carla nos encontramos e fomos de táxi para Botafogo.
O motorista nos deixou na rua e nos aproximamos de um portão que guardava o jardim de uma bela
capela. Perguntamos a um homem que estava ali: “É aqui que vai ter um
casamento?” Ele confirmou e subimos a ladeira até a capela.
Sentamos num banco do meio e esperamos. Esperamos muito, e nada da noiva chegar. Um cara no banco da frente estava conversando com as pessoas do nosso lado, ofereceu bala para elas, ofereceu pra gente mesmo sem nos conhecer. Nós aceitamos para passar o tempo.
Enfim, continuei esperando.
Mas finalmente começou a tocar a primeira música. Entrou o noivo com a mãe,
depois o pai dele com a mãe da noiva, a procissão de padrinhos. Era chegada a
grande hora. Ouviram-se os primeiros acordes da Marcha Nupcial, as portas da
igreja se abriram e a noiva entrou com o pai.
Na mesma hora, falei pra Carla: “Amor, essa não é a
minha colega!”
A gente tinha entrado no casamento errado!
Esperamos os dois chegarem ao altar e, de forma discreta,
saímos da capela – se é que dá pra sair discretamente do banco do meio logo depois que a noiva
chegou. Começamos a rir muito e fomos tentar descobrir onde era o casamento
mesmo. Descobrimos que era um pouco mais à frente, que o local não era uma
igreja e que a cerimônia já tinha acabado...
Envergonhado, contei o ocorrido a um conhecido lá e
ele simplesmente disse: “Acontece.”
Acho meio difícil isso ser comum, mas sempre conto
pras pessoas darem boas risadas.
Um comentário:
E como ri. Kkkkkkk Muito comédia! Quase aconteceu quando fomos ao casamento de uns amigos, Carla e Gabriel. RS Sério! Talvez seja mais comum do que pensamos. Kkkkkkkkk
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