sexta-feira, agosto 01, 2008

435

Voltando com textos antigos só para entulhar isso aqui. Haja criatividade !
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Em uma aula do curso de inglês, a professora, por um motivo que não consigo me lembrar, mandou que escrevêssemos números que tivessem a ver com nossa vida, que possuíssem algum significado para nós. E esse numerozinho bonito aí de cima me veio logo à cabeça – ou pode ter sido que demorou algum tanto – mas o fato é que surgiu. Muito provavelmente, você não conseguiria deduzir seu sentido, como meus colegas não conseguiram adivinhar, na continuação da dinâmica. Número de amigos? Esquece. Data de nascimento? 4/3/5... Ônibus? A mais cabível, mas não há relação.

Realmente há o ônibus 435, Grajaú-Gávea, que só peguei uma vez, e o aniversário de meu personagem, não à toa, é 12/6, que seria um 43/5, mas nada disso chega na resposta. Não precisa me bater, já vou dizer. 435 é... o meu número favorito! “Ah... agora sim tudo faz sentido!” E de onde esse número bizarro apareceu na minha mente? Boa pergunta. Também queria saber. Número tão insosso, não tendo nada de cabalístico ou algo de misterioso.

Mas a questão é que ele passou a me seguir e, sempre que me lembro, anoto as situações que o envolvem, como uma notícia de rádio sobre um roubo de 435 galinhas ou o fato de eu ter sido logo o 435º a assinar uma lista na Internet, além de recortar suas aparições. E acabei criando um código, meio ruinzinho, que se chama 435: separa-se as 4ª, 3ª e 5ª letras da palavra nessa ordem, juntando o resto; repete-se o processo com o resto até sobrar três letras no máximo. Veja as palavras tenebrosas que se formam, me forçando a usar o código alternativo 324.

Assim, percebo que um número favorito só serve para besteiras como procurar situações que o envolvam ou chegar ao cúmulo de inventar um código. E pode ser que algum dia eu consiga escrever um livro que está na minha mente, com o título “435”, ou ganhar dinheiro jogando-o na loteria, com variações. Um dia, vocês verão que o 435 sempre esteve na essência do mundo e está ligado aos mistérios insondáveis...

Como eu consigo falar tanta besteira! Eu poderia continuar aqui até alcançar a quantidade de 435 palavras, mas não costumo torturar meus 435 não-leitores; até a palavra “besteira”, foram 354 palavras (um anagrama de 435). Chega disso. Vou fechar com um acróstico maluco – a frase abaixo - que esconde palavras que têm muito significado. Tentem descobrir sozinhos, porque nem o significado de “acróstico” vou lhes dar. Tomem, é fácil:

Quando um alienado tiver roubado os caramelos esverdeados novos, todos os sonhos e tramóias ressurgirão incrivelmente num tempo alucinado e coisas inimagináveis nortearão cidadãos obtusos.