domingo, março 11, 2007

EU LEVO OU DEIXO?

Texto recebido por e-mail, que, por sugestão da Srta. Turola, resolvi postar.
Realmente não entendi a confusão do ladrão... este é o linguajar comum da Casa Verde...
***
Diz a lenda que Rui Barbosa, ao chegar em casa, ouviu um barulho estranho vindo do seu quintal.
Chegando lá, constatou haver um ladrão tentando levar seus patos de criação.
Aproximou-se vagarosamente do indivíduo e, surpreendendo-o ao tentar pular o muro com seus amados patos, disse-lhe:
- Oh, bucéfalo anácrono! Não o interpelo pelo valor intrínseco dos bípedes palmípedes, mas sim pelo ato vil e sorrateiro de profanares o recôndito da minha habitação, levando meus ovíparos à sorrelfa e à socapa.
Se fazes isso por necessidade, transijo; mas se é para zombares da minha elevada prosopopéia de cidadão digno e honrado, dar-te-ei com minha bengala fosfórica bem no alto da tua sinagoga, e o farei com tal ímpeto que te reduzirei à qüinquagésima potência que o vulgo denomina nada.
E o ladrão, confuso, diz:
- Dotô, eu levo ou deixo os pato?"

quinta-feira, fevereiro 22, 2007

Sem sentido

Vocês acham que eu só tenho uma ótima memória? Não, não, eu tenho muitos outros atributos. Os meus cinco sentidos, por exemplo. O que dizer do meu paladar, da minha audição, do meu olfato, da minha visão, do meu tato?

Minha visão é a mais patente: qualquer um logo vê que eu tenho algum problema no olho, pois ando de óculos de um lado para o outro. Desde o C.A. Com o tempo, minha miopia foi aumentando e os borrões ao longe também, chegando hoje a uns quatro graus, além de uns dois de astigmatismo. E as pessoas cismam em achar que posso ver coisas tão pequenas, enxergar palavras ao longe. Mas se elas, que nem precisam de óculos para longe, não vêem, não é porque eu uso óculos que distinguirei tudo. Não uso lunetas!

Outro dos piores é a audição. Sei que me dizem que “quando você quer, você escuta sim”, mas meu ouvido decididamente não é bom. Às vezes, pergunto tantas vezes o que me disseram que fico até com vergonha de indagar de novo e sem saber afinal o que fora dito. Por isso, não gosto de filmes dublados, por não entender todas as falas, e defendo o que é feito nos filmes alemães: colocar legandas em filmes nacionais; além da compreensão dos dizeres, é bom para ver a ortografia das palavras e para ler. E, também devido à minha audição apurada, o que tenho mais dificuldade em cursos de língua é... adivinhem... a parte de escuta, que ainda cai nos testes, com perguntas. Será a gravíssima poluição sonora das cidades? Ou falta de cotonete?

Na seqüência dos meus sentidos aguçados, é a vez do olfato. Identificar um aroma não é comigo, ainda mais contribuindo para isso eu viver resfriado e respirar mais pela boca que pelo nariz. E, como se diz que o olfato é essencial para o paladar, você já deve ter intuído que esse outro sentido também não funciona direito. Os outros aqui em casa podem confirmar.

Não sinta pena de mim, pois posso ainda estar a salvo em relação ao tato. Tal sentido não é tão valorizado e percebido no cotidiano, assim não tenho certeza se tenho algum problema. Mas, no máximo, ele deve ser normal. Na verdade, acho que ele não vai deixar de acompanhar os outros e acabar me deixando na mão numa ocasião mais necessária.

Quem sabe não sou como cegos e surdo-mudos? Na falta de um sentido, eles têm os outros mais aguçados, para compensar. Dessa forma, com a deficiência – mas não completa, graças a Deus – de pelo menos quatro sentidos, há a possibilidade de que eu seja recompensado. Será que tenho um sexto sentido desconhecido? E o que eu conseguiria fazer com ele? Leria mentes, veria o futuro? Ou veria pessoas mortas?

Bem, creio que, no final das contas, não recebi recompensa alguma. E entrar na justiça não deve ajudar em nada. O jeito é me conformar, olhar para o futuro, ouvir só os conselhos confiáveis, sentir cheiros e sabores diversos da vida e sempre ter tato. Se é que consigo.

“Peter Piper picked a peck of pickled peppers. A peck of pickled peppers Peter Piper picked. If Peter Piper picked a peck of pickled peppers, where's the peck of pickled peppers Peter Piper picked?” (Trava-língua)

terça-feira, fevereiro 06, 2007

INFÂMIA

Para espantar as teias de aranha do blog, resolvi voltar a postar os textos do blog antigo (vide meu 1° post neste blog para relembrar a história) e movimentar um pouco este antro (ainda que só receba "comentários" publicitários). Divirtam-se! - cof cof!
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Receita para retirar a infâmia

Ingredientes:
- Material infame
- Um disseminador do material
- Vários contatos

Modo de preparar:
- Pegue o material e coloque-o na ponta da língua do disseminador.
- Faça com que ele espalhe o material pelos seus contatos, de forma bem leve, para não haver nenhum choque ou qualquer outro problema técnico.
- Deixe o material rolar livremente por duas semanas. Faça um teste para ver se já está bem grudado na mente dos contatos e subcontatos.
- Teste positivo, infâmia dissolvida: o material não tem mais fama.

O Ministério da Saúde adverte: ao persistir a infâmia, o piadista deverá ser executado.

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Realmente um texto deplorável, que a princípio seria para um site que eu faria, mas que acabou não dando em nada. Pena que não exista receita para retirar a minha infâmia... Mas eu não sou o único. Veja o poema de autor desconhecido abaixo:

Eu cavo,
Tu cavas,
Ele cava,
Nós cavamos,
Vós cavais,
Eles cavam.
Não é bonito.
Mas é profundo.

terça-feira, janeiro 02, 2007

Pensamentos Desencontrados - O Contra-ataque!

Poucos sabem, mas o celébre matemático da equação de 2° grau adorava se vestir com um terno amarelo e uma gravata listrada, e saía pelas ruas com o rosto pintado de verde.
Foi daí que surgiu o famoso desenho e sua frase de entrada:

"Eu sou o Bhaaaaaaaaaaaskara!!! Demais!"

Fonte: Hilarious History