segunda-feira, dezembro 29, 2008

E os Pensamentos Desencontrados?

Contentes pelo desaparecimento dos Pensamentos Desencontrados?
Pois vocês vão receber uma ducha de água fria - o que nesse calor até que é bem-vinda.
Eles migraram para o Twitter, e agora saem desgovernadamente da mente de Pacadinho.

O que não impede que eles pintem por aqui. Ou bordem; ou cantem; ou dancem. São verdadeiros artistas.

domingo, dezembro 28, 2008

A panela e o ventilador

Claro que nem lembro disso, minha mãe que me contou. Com menos de 2 anos, passei por uma experiência que poderia ter sérias conseqüências. Estava na casa de minha tia, no colo de minha genitora. Uma panela de pressão estava no fogo, aparentemente em estado normal. Porém, alguma coisa se encontrava problemática no sistema dela. A pressão que deveria ser extravasada não estava saindo adequadamente.

A panela explode.
O fogão afunda.
A tampa voa.
Passa raspando a minha cabeça.
Bate com força no teto.
E cai com estardalhaço.

Imagino que deva ter sido um susto tremendo. Até hoje tem a marca lá no teto, e o fogão teve que ser trocado. E eu escapei.

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Hora da comunhão. Em pé, vestido com a túnica de acólito, para servir no altar na Nossa Senhora do Líbano, não estou fazendo nada, pois os outros coroinhas já foram ajudar os padres durante a Eucaristia. Um deles, ainda pequeno, está sentado numa cadeira no altar.

Subitamente, um barulho alto. Algo bate com força numa parede do altar e, tamanha a intensidade, voa e bate na outra, e cai perto de mim. Na verdade, acho que passou mais perto do menino do que de mim.

Assustado, vou ver o que é e percebo, espantado, ser a pá de um ventilador. Já estão correndo para desligar todos. O ventilador, preso a uma pilastra, perto dos bancos, nem está tão perto do altar.
As outras duas pás do ventilador também se soltaram e uma até bateu no púlpito do padre. Deus protegeu.


Parece até um filme antigo a que muita gente assistiu... Mas tenho uma premonição de que nada de ruim vai acontecer mais.

sábado, dezembro 27, 2008

Máquina mortífera

Esta semana fui ao banco encerrar minha conta - o estágio atual deposita em outro banco. Como de costume, o atendimento demora demais, tanto os caixas quanto as pessoas encarregadas do encerramento.

Estava eu na fila quando, de repente, começa a cantar uma cigarra. Não, o inseto não havia invadido a agência, era apenas o toque de um celular. Não era novidade pra mim, mas comecei a divagar, o que também não é surpresa. A mulher não demorou a atender, pois imagino que não seria aconselhável demorar. Quem sabe se a cigarra cantasse muito tempo o celular explodia?

Voltando ao ócio totalmente não-criativo, esperei impacientemente o único caixa atendendo. Subitamente, entro num filme de terror: começa a tocar a música de "Psicose". Aquele som agudo corta o ar e todos riem - de nervoso? O cara atende o celular. Deve ser a Samara.
Depois pergunto a ele onde conseguiu o toque. Talvez seja com a fornecedora The Ring tones.

Não sei mais quantas horas se passaram naquela fila. Devo ter criado varizes nesse tempo. Começa então a tocar a música do Plantão da Globo. A mulher atende. Com certeza ou é uma notícia importante ou alguém morreu. Nas circunstâncias atuais, com certeza algum falecido.

O último dos caixas diz que tem amigo oculto no andar de cima e fala que já volta. As pessoas na fila estão entorpecidas e começam a criar teias de aranha e não reagem.
É, "O Amigo Oculto" combina bem com o clima geral. Acho que daqui a pouco vou conversar com o Charlie.

Parece que passaram dias. Olho em volta e vejo o cara do celular morto no chão em uma poça d'água. Sete dias então.
Ele está atrás de mim na fila. Droga, não faz diferença nenhuma.

sexta-feira, dezembro 26, 2008

Aquarela de 2009

"E ali logo em frente a esperar pela gente o futuro está. E o futuro é uma astronave que tentamos pilotar. Não tem tempo nem piedade nem tem hora de chegar. Sem pedir licença muda a nossa vida e depois convida a rir ou chorar."

terça-feira, dezembro 23, 2008

Adeus ano velho... feliz Ano Novo?

Esse ano passou muito rápido. Não sei se é a "velhice" - pois com o envelhecer o tempo se acelera - mas os meses se seguiram em velocidade. Um ano de dilemas e lutas interiores, como prolongamento do que se iniciara em 2007. Profundamente desanimado com Jornalismo, cheguei até a pensar em trancar a faculdade este ano - quando passava ao 6º período - para cursar Letras-Espanhol, pois passara no vestibular. Mas uma confusão me fez passar para o 2º semestre na UERJ e deixar livre 6 meses.

Acabei continuando na UFRJ e, num ato de loucura, me inscrevi em matérias em 2 faculdades, ambas de manhã, em agosto. Como de praxe, a UERJ entrou em greve, me deixando mais aliviado, mas me legando aulas em janeiro e fevereiro, num calor de derreter! Estou adorando o curso, sempre adorei Português, mas, infelizmente, o monstro da Monografia já está me assolando e terei que trancar a UERJ para poder terminar a ECO com mais tranqüilidade, ainda que só no fim de 2009 – desânimo gera acúmulo de eletivas por fazer, capicce?

Ainda por cima, finalmente comecei a fazer estágio – em Jornalismo, obviamente – e o tempo torna-se ainda mais comprimido. Primeiro numa empresa de transportes, passei à Editora Record e estou adorando ficar em meio a livros e mais livros. Trabalhar numa assessoria de editora seria o máximo!
O meu lado Letras me puxa muito, mas também vejo que 4 anos seria muito. Que tal um mestrado, 2 anos? Falar é fácil, passar é difícil, fazer dissertação... melhor nem comentar.

Por conta dos estágios, tive que sair do coral, ficou mais apertada a coordenação da Comunidade - grupo da igreja - mas resistem firmes e fortes, graças a Deus, meu serviço na Nossa Senhora do Líbano e meu namoro com a Carlinha (1 ano!).


Descobri o Twitter ( twitter.com/pacadinho ), descobri meu gosto por contos e pela literatura de verdade.
Um dos livros que me marcaram foi “A menina que roubava livros”, e talvez eu esteja me transformando em um personagem.

Agora é esperar por 2009 e pelo que o Futuro, esse garoto brincalhão, me reserva.

Certos excertos

"para o [Javier] Bardem o filme veio muito em cima do seu papel anterior, como o bandido do cabelo armado dos irmãos Coen. Passei todo o filme [Vicky Cristina Barcelona] esperando que ele estrangulasse alguém." (Verissimo n'O GLOBO)