sábado, dezembro 27, 2008

Máquina mortífera

Esta semana fui ao banco encerrar minha conta - o estágio atual deposita em outro banco. Como de costume, o atendimento demora demais, tanto os caixas quanto as pessoas encarregadas do encerramento.

Estava eu na fila quando, de repente, começa a cantar uma cigarra. Não, o inseto não havia invadido a agência, era apenas o toque de um celular. Não era novidade pra mim, mas comecei a divagar, o que também não é surpresa. A mulher não demorou a atender, pois imagino que não seria aconselhável demorar. Quem sabe se a cigarra cantasse muito tempo o celular explodia?

Voltando ao ócio totalmente não-criativo, esperei impacientemente o único caixa atendendo. Subitamente, entro num filme de terror: começa a tocar a música de "Psicose". Aquele som agudo corta o ar e todos riem - de nervoso? O cara atende o celular. Deve ser a Samara.
Depois pergunto a ele onde conseguiu o toque. Talvez seja com a fornecedora The Ring tones.

Não sei mais quantas horas se passaram naquela fila. Devo ter criado varizes nesse tempo. Começa então a tocar a música do Plantão da Globo. A mulher atende. Com certeza ou é uma notícia importante ou alguém morreu. Nas circunstâncias atuais, com certeza algum falecido.

O último dos caixas diz que tem amigo oculto no andar de cima e fala que já volta. As pessoas na fila estão entorpecidas e começam a criar teias de aranha e não reagem.
É, "O Amigo Oculto" combina bem com o clima geral. Acho que daqui a pouco vou conversar com o Charlie.

Parece que passaram dias. Olho em volta e vejo o cara do celular morto no chão em uma poça d'água. Sete dias então.
Ele está atrás de mim na fila. Droga, não faz diferença nenhuma.

Um comentário:

milamione disse...

hauhahuahauhauh, mt bom o post .. seven days. rs