segunda-feira, fevereiro 02, 2009

Frenesi

Um turbilhão de idéias. Um turbilhão de interesses. Minha mente fica a mil, pensando em várias coisas ao mesmo tempo.

Ora são livros, ora são filmes, ora é o blog, ora é o Twitter, ora são meus livros e histórias em quadrinhos, a Comunidade, o namoro, a UFRJ, a UERJ, a literatura, os amigos, a vida!

Tantas coisas pra fazer, tantos objetos interessantes, tanta imaginação, criatividade, vontade de escrever, de se divertir, de extravasar, de desenhar, de ensinar, de amar!

Sempre existem momentos de tédio, mas como ter tédio com tanta coisa? Numa hora, minha cabeça só pensa num assunto, na outra perdeu todo o interesse por ele e só pensa em outro; em um minuto tem preconceito sobre algo, no outro não sai daquilo...
Desconfiava que fosse bipolar, mas agora já vejo que não: na verdade sou multipolar!

Quero temas que me instiguem, atividades que incentivem meus pensamentos e idéias e alucinações e divagações, minhas viagens! Coisas que façam viver a vida, ainda que seja a meu modo, de forma mais introspectiva e contemplativa, mas também social e animada.

Por que esquecemos de admirar nossa vida, de ver o mundo como se fosse com olhos de criança, olhos virgens? Por que não podemos sentir e descobrir tudo de forma especial?

Em suas crônicas, Rubem Braga sempre busca esse alumbramento pelas coisas simples -mas tão importantes - da vida. A natureza, a solidão, a amizade.
E Jostein Gaarder, autor do famoso "O Mundo de Sofia", defende essa visão "filosófica" sobre a vida, como se nascêssemos de novo.

Questionar as coisas - os inúmeros "por quês" da criança -, deixar a beleza aflorar.

"Viver, e não ter a vergonha de ser feliz! Cantar a beleza de ser um eterno aprendiz!"

Pode não ser tão fácil, mas é sempre bom tentar.

2 comentários:

Anônimo disse...

Achei ótimo o multipolar, costumo dizer que sou tripolar, rsrs, agora vi que sou modesta, rsrs.

E ver a vida com olhos virgens não é mais possível a partir do minuto primeiro, do parto, da segunda visão deste mundo de Deus.
Ficamos com o olho cínico! A pureza se esvai de dentro do olhar
da gente, deixa desconfiança!

E amei você ter citado o autor de O mundo de Sofia, sem dúvida o melhor livro que já li nesta minha extensa vida.

Continue tentando resgatar o olhar puro e a não ter vergonha de ser feliz.
Um dia algum pioneiro, consegue. Torço pra que seja você.
Bitokitas, luz e paz!

José Matos disse...

Você escreveu "Por que esquecemos de admirar nossa vida, de ver o mundo como se fosse com olhos de criança, olhos virgens?".

Então lhe pergunto: você esquece?